No penúltimo episódio da primeira temporada do SaaStisfeito recebemos a Laís Lopes e o Ricardo Araújo para falar sobre a expansão dos produtos cloud, bem como as principais forças desse modelo de negócio.
Laís é CEO e Ricardo é CTO da Conecta Suite, uma ferramenta poderosa para o gerenciamento de usuários Google Workspace, levando mais produtividade e segurança às empresas.
Ouça o episódio e confira a transcrição abaixo:
Marcelo: E seja muito bem-vindo a mais um episódio do SaaStisfeito, o melhor podcast do mundo de SaaS. E, dessa vez, a gente tem uma novidade aqui no nosso podcast, na nossa primeira temporada. Nós temos dois convidados de uma vez. Mas, antes de apresentar os convidados, deixa eu me apresentar novamente: Meu nome é Marcelo Mattar, sou aqui o seu âncora / mediador do podcast. E, neste, temos, como sempre, ele, o grande, o único, CEO da Conexorama, Jean Vidal. Jean, como é que você está?
Jean: Tudo bom, meu caro? Tô bem. Estou aqui gravando o podcast para quem está assistindo depois. Estou gravando o podcast já no finalzinho do ano. Aquela correria, aquele cansaço. Mas, com a certeza de dever cumprido e podendo cumprir alguns deveres que são super gostosos, como estar aqui com convidados, contigo, debatendo o mercado de SaaS.
Então, os dois convidados de hoje tenho muita honra de poder recebê-los aqui.
Marcelo: Maravilha. Perfeito, Jean. Bom, como você disse, estamos aqui em dezembro, finalzinho de ano, né? Então, para trazer aqui a nossa estrelinha na nossa árvore do nosso podcast SaaStisfeito, deixa eu trazer, então, aqui para conversar a Laís Lopes e o Ricardo Araújo, fundadores da Conecta Suite e Conecta Nuvem. Laís, Ricardo, sejam extremamente bem-vindos ao nosso SaaStisfeito.
Ricardo: Bom, muito obrigado, Jean e Marcelo, é muito bom aqui estar com vocês nesse projeto da Conexorama. A gente gosta desse tipo de interação, ainda mais online, como a gente vai falar hoje, bastante coisa relacionada à nuvem, né? Cultura e tudo mais. Aqui está mais uma prova do poder que isso tem, né? De unir pessoas em diferentes lugares para estar conversando aqui, participando desse projeto junto.
O que é a “Cultura Cloud”?
Marcelo: Maravilha. Inclusive, Ricardo, você já puxou um ponto que eu já quero fazer a primeira pergunta para você, então. Você falou um negócio aqui: cultura cloud.
O que é cultura cloud? O que a Conecta acha? O que o mercado de SaaS fala sobre essa cultura cloud?
Ricardo: Esse é um termo que eu tentei simplificar, que é o resultado dessa transformação digital que a gente teve e continua tendo ao longo dos anos, que a gente acaba deixando velhos hábitos, muito intrínsecos da nossa cultura, e acaba trazendo novas formas de se fazer negócios, projetos, produtividade, resultado e tudo mais.
A cultura cloud eu vejo ela como essa mentalidade de uma abordagem moderna de negócios e tecnologia, onde a computação em nuvem, ou a nuvem que a gente conhece, ela não é apenas uma ferramenta, mas sim o nosso elemento principal para a organização e como a gente opera também a nossa vida. Então, trazendo colaboração, trazendo essa acessibilidade de estar cada um no seu ambiente, no seu local, seja distinto, seja com iPhone, seja com Android, seja com Windows, seja com Mac…
É justamente essa convergência de tecnologias que permite com que cada um possa ser, da sua forma, independente, mas todos conectados, conversando de uma mesma forma.
Não sei se consegui esclarecer, se ficou claro, mas ela é muito mais do que só a tecnologia, ela é realmente essa mentalidade da gente conseguir produzir resultados colaborativos e de maneira mais compartilhada e acessível, flexível e inovadora.
Marcelo: Eu acho que está explicado, está muito bem explicado. Realmente, a parte de conexão e integração de várias pessoas e várias ferramentas ali, sem depender de uma coisa muito centralizada, alguma coisa que te dê mais flexibilidade. Acho que é basicamente isso, se eu entendi bem aqui, visão de leigo.
Ricardo: Sim, sim. E não só a parte de ferramentas, que é difícil a gente falar de tecnologia sem falar nas ferramentas usuais, mas expandir um pouco realmente para a cultura, para o dia a dia das pessoas com o uso da tecnologia, no geral.
Então, a gente traz essa cultura em nuvem como realmente, essa mentalidade de inovação contínua, de flexibilidade, escalabilidade, de orientação a dados. A gente conseguir sintetizar tudo isso para o nosso dia a dia, sem precisar ficar instalando coisas ou precisar ficar se preocupando com a tecnologia.
Você vê… Hoje a gente está fazendo um podcast, você me mandou um link e estamos aqui conectados, todo mundo. Não precisei me preocupar com “Ai, meu Deus, tenho que instalar isso, tenho que fazer esse tipo de configuração”, nem nada do tipo.
Então, é essa cultura que a gente está querendo trazer para geral adotar isso como lifestyle também.
Jean: E quando a gente fala de cultura é um negócio tão nativo, ou deveria, ou vai se transformando num processo tão nativo, que até mesmo quando o Ricardo e a Laís entraram aqui na sala, na plataforma de fazer nossa gravação, cada um já olhou um detalhezinho aqui… “Ah, aqui eu levanto a mão”, “aqui eu puxo não sei o que”, “ai que legal, show”, e bora.
Então, aconteceu de um jeito tão preciso, tão rápido, eu acho que quando isso acontece de um modo tão rápido, a gente chama isso de cultura, já se torna intrínseco.
Laís: Sim. E eu gostaria fazer também um adendo aí, aproveitando a questão da mudança do instalado, do físico para o cloud, que foi um fato muito interessante que aconteceu com a gente, quando foi todo mundo para casa na pandemia, que teve o lockdown e tudo mais.
Os clientes, eles me ligavam desesperados. A gente não presta serviço de telefonia, mas a gente presta serviço cloud, a gente traz essa cultura para dentro das empresas. Então, nesse momento, os clientes, eles ligaram desesperados, me procuraram, entraram em contato comigo desesperados, porque o telefone da empresa estava tocando lá na empresa e estava cada pessoa na sua casa.
E quando a gente pensa no instalar, no acessar online, no ter um sistema, é para tudo, é até para o telefone. Então, são pequenos detalhes que estão no nosso dia a dia, que a gente acaba não percebendo, mas que pega em tudo.
Então, vai desde o sistema que a empresa utiliza para fazer um CRM, para fazer uma chamada que nem essa, para fazer um documento, até o telefone da empresa. Essa vivência foi muito interessante, porque os clientes buscaram e a resposta foi: começa a usar um VoIP, começa a usar um telefone ali por IP, um telefone online.
Mas a questão do cloud, ele está absolutamente em tudo, né?
Os desafios de implementar uma cultura cloud
Marcelo: Não, excelente. E aí você puxou um ponto que eu quero até perguntar, Laís. Quando eu ouço a cultura cloud, eu ouço cultura, a gente lembra já de imediato de cultura de empresa e tudo mais.
E é exatamente por isso que eu queria ver como é que foi essa sensação, como é que foi essa implantação, essa integração da cultura cloud na Conecta Suite. Você sentiu dificuldade? Teve muito desafio? Teve melhoria? Teve aumento de produtividade? Teve piora? Como é que foi com o time?
Laís: Ótimo. A gente tem uma vantagem, né? Que basicamente a Conecta Suite, ela nasceu da Conecta Nuvem. E a Conecta Nuvem, ela implanta a cultura cloud em outras empresas. Esse é o serviço que a Conecta Nuvem presta para as empresas.
Então, a gente já nasceu muito focado em cultura cloud, em tudo estar em nuvem, em colaboração, em produtividade através de ferramentas modernas de mercado, né? Então, a gente já teve esse início muito forte dentro da nossa empresa.
E com certeza isso traz uma mudança absurda para que a gente consiga, principalmente hoje, trabalhar todo mundo em home office. Então, a gente está com uma empresa 100% em home office, onde a gente consegue ter muita colaboração, onde a gente consegue ter muita produtividade, mesmo estando cada um na sua casa.
Porque a gente não precisa esperar que eu consiga marcar um horário com alguém para trocar uma ideia. Eu consigo deixar um comentário dentro de um documento e essa pessoa, no momento em que ela conseguir passar por ali, ela já vai me responder e o trabalho já segue.
Então, é uma diferença absurda do que aquela questão, de… Manda o Word, espera responder, manda no e-mail, manda coisa, espera responder, baixa, sobe, vai. É um ganho de produtividade que a gente percebe na operação de uma empresa.
Marcelo: E é legal você comentar isso, porque realmente eu comecei a puxar uns pontos aqui do meu lado também. E atualmente também trabalho numa empresa 100% remota e tudo mais, e a gente começa a perceber que sim, o escritório ficou em nuvem também.
Existe um escritório onde todos participam, às vezes de maneira síncrona, às vezes de maneira assíncrona, onde também existem reuniões, onde os dados, onde as informações estão todas alocadas no mesmo lugar, onde a pessoa pode pegar o notebook e trabalhar em qualquer outro lugar do mundo e abrindo o notebook vai estar lá com todas as informações, como se estivesse no computador de casa. Então, isso realmente proporcionou uma mudança de paradigma de trabalho muito grande.
Laís: Exatamente.
Ricardo: E é curioso, porque quando a gente fala de cultura também, não somente no trabalho, mas na vida também. Olha só que curioso: eu tenho certeza que muitos de vocês e dos ouvintes nunca instalaram um programa de e-mail pessoal.
Vocês usam já o Outlook online, vocês já usam o Gmail online e nunca se preocuparam em fazer o backup deles. Porque vocês confiam na nuvem desde que ela surgiu ali e tornou-se acessível para o uso pessoal.
Já no corporativo, é muito forte ainda, galera, ter que instalar coisas e fazer backups, backup de email no computador, backup dos arquivos do computador de cada um dos usuários.
Só que no nosso pessoal, a gente já é inteiramente, ou muito provavelmente, em nuvem e é essa cultura que eu acho engraçado, que a gente já tem para o pessoal e a gente tem que trazê-la mais para o corporativo.
Cultura Cloud e equipe de tecnologia
Marcelo: Excelente, que foi um gancho maravilhoso aqui, Ricardo, para puxar esse ponto do corporativo em si. Cara, e da parte técnica, assim, como é que você vê a cultura cloud
impactando esse desenvolvimento profissional da equipe de tecnologia?
Ricardo: Com essa evolução da nuvem, ela deu muitas ferramentas técnicas para o time. Então, a gente consegue hoje criar projetos quase que instantaneamente, subir serviços, servidores, coisas técnicas e testar, fazer provas de conceitos a custo irrisório.
Realmente, ele acelera essa parte técnica. Não tenho que pedir autorização ou instalar coisas, pedir para o time de infra instalar computador ou comprar e pedir aprovação para os departamentos de compra, por exemplo.
Então, quando a gente fala de nuvem, para a área técnica, ela é, hoje, mais do que essencial. Você tem que estar à frente, você tem que estar inovando, você não pode esperar seis meses para começar um projeto, né? Porque, senão, é capaz de, daqui a seis meses, ele nem precisar mais, né?
Hoje, com a inteligência artificial, então, ele duplicou, ou exponenciou essa aceleração que a gente tem que ter, então, com a nuvem, ela trouxe essa possibilidade infinita para a área técnica poder criar, subir e desenvolver projetos muito, muito rapidamente, sem precisar de muita burocracia ou outras coisas de que a gente vinha tendo em empresas tradicionais.
E não somente quando a gente fala de coisas técnicas, mas também de outras áreas dentro da empresa, não necessariamente do desenvolvimento, mas pode ser do atendimento, da venda, do financeiro, você vê que as coisas, elas estão cada vez mais em nuvem.
Os nossos softwares têm que integrar com o banco, têm que integrar com outras plataformas. Então, não adianta ele ficar instalado no computador do usuário ou não ser compatível com outro tipo de sistema operacional, né?
E ela tem que ser acessível também aos nossos smartphones. A gente tem que poder acessar os dados da empresa ou sistemas pelos celulares, seja ele Android ou iPhone ou o que vier por aí, né?
Então, não somente na área técnica, a nuvem, ela também traz essa acessibilidade dos dados, conseguir acessar os dados, independente de onde você esteja ou que computador ou que plataforma você usa.
Marcelo: Excepcional até parando para pensar, porque a nuvem cria, desenvolve uma plataforma, uma fundação onde todo o SaaS consegue surgir, né? Consegue executar, consegue viver. Então, assim, é difícil pensar em grandes SaaS hoje em dia que não usem uma estrutura de nuvem, uma estrutura de dados ali para poder guardar a quantidade de informação que é necessário processar, né?
Ricardo: Sim. SaaS e qualquer tipo de negócio hoje em dia, né? Mas, principalmente, os softwares, os SaaS, né? Hoje já têm muita ferramenta, já têm muita documentação também para eles se adaptarem ou mesmo se reinventarem com a nuvem, né?
E, novamente, não estou falando somente da infraestrutura de servidores, eu estou falando da cultura da empresa, de eles não precisarem mais ficar enviando, recebendo papel, um arquivo por e-mails, né? Anexos, imprimindo e tirando foto, igual a gente vê muitas coisas, né?
E todas as áreas, eu falo, a assinatura digital, ela também só é possível graças à nuvem, né? A gente poder assinar um documento digitalmente que, com certeza, ajuda em todas as áreas, não somente na área técnica, né?
A cultura cloud e a rotina do Marketing
Marcelo: Jean, então, tenho uma perguntinha aqui para você. Falando aqui de cloud ainda, cara, na sua opinião, como é que ela impacta essas rotinas de marketing? Quais são os desafios que cloud traz? Quais são as facilidades que cloud traz? Como é que isso muda a dinâmica do marketing atual?
Jean: Boa. Pegando, inclusive, o gancho do que o Ricardo estava falando, né? Acho que quando a gente pensa em cloud, a gente pensa em servidor. E o setor de marketing é responsável, em boa parte, pelo contexto ou o contato ali com o servidor do site ou da aplicação.
Mas, pegando esse gancho, isso não é nem a ponta do iceberg, não é nem o cume do processo. Hoje, quando a gente pensa num… Acho que a Laís estava falando um pouco disso, né? Das responsabilidades, dos elementos como um todo, das responsabilidades, do time como um todo.
Se você parar para pensar em metodologia de marketing digital como o próprio inbound, que é uma metodologia chave, comum para o mercado SaaS, vai ter N situações que a gente vai necessitar do cloud. Mesmo que você tenha, às vezes, uma operação in loco.
Então, quantas vezes… E o Marcelo sabe, porque ele faz parte também de setores de marketing de SaaS com operações em inbound. Quantas vezes a gente não está, mesmo que num ambiente físico, mas você, um lado ou do outro, num documento, compartilhando, editando junto.
Ou quantas vezes a gente está no chat já conversando e isso, inclusive, não só quebra a barreira – a gente pensa em cloud, a gente pensa em nuvem, a gente pensa muito na questão da barreira, de estarmos presentes ou não, que é uma realidade.
Quando a gente faz uma metodologia de inbound marketing, nem sempre eu vou ter a operação 100% em casa. É comum você ter parceiros, freelancers… Então, sim, tem toda uma necessidade latente e evidente de você ter uma operação que possa suportar pessoas de vários lugares, da localização que tiver.
Mas, às vezes, o próprio time que está operacionalizando, mesmo in loco, está trocando informações em tempo real, editando um arquivo, trocando informações, colocando um comentário na arte. Todo mundo vai lá rapidinho e coloca um comentário, a pessoa do design já está muito mais organizada, o pessoal de conteúdo está colocando um elemento…
Então, assim, quando você pensa num mundo atual, onde nós temos uma produtividade, uma interação, um engajamento e uma busca de retorno sobre tudo o que a gente está fazendo, é muito comum que a gente passe por esses elementos.
Para mim, hoje, eu não consigo imaginar uma operação, que seja o método que for que a gente não possa ter esse nível de interação em diferentes entradas do local, não.
É muito comum para mim pensar que um processo de co-criação passa inteiramente por um cloud, pela liberdade, pela facilidade de trabalhar juntos através do cloud. Isso impacta diretamente nas rotinas de marketing, porque os desafios são sempre enormes:
Preciso, no meu SaaS, aumentar visitantes, aumentar a geração de leads, fazer levantadas de mão para o meu time comercial. Preciso conversar com o meu time comercial já na sequência, em tempo real, rápido, em velocidade, em troca de informações. A gente já está tendo alguns fechamentos, tem que evitar o churn, tem que passar o bastão, tem que não sei o que…
Se a gente não tiver um ambiente que possa trocar as informações de modo rápido, preciso e organizado – que esse também é um ponto muito importante –, a gente não consegue fazer uma unidade que é a unidade marketing, unidade marketing + vendas, unidade marketing + CS.
E isso, para mim, é muito evidente… Já faz parte da cultura que a gente estava falando no começo, já faz parte da realidade imaginar e trabalhar desse jeito, porque isso já tem, no mínimo, quinze anos de mercado sendo um elemento muito intrínseco e muito comum.
Então, quando a gente pensa num desafio no marketing, principalmente no desafio de SaaS, que é o que o Ricardo estava falando também, o SaaS já é, já tem uma necessidade de tecnologia, essa necessidade de tecnologia vai passar pelo cloud sem sombra de dúvida, não só uma questão do servidor.
Mas a gente traz todo esse elemento e faz um balaio aqui que se torna… cara isso é a realidade. Não tem nem considerar outras formas diferentes.
Claro, não elimina a gente fazer aquela reunião que espalha papel, pega um papel, uma caneta, faz não sei o quê. Só que aí eu agora faço até aquela provocação: quantas vezes a gente não está fazendo, às vezes até esse tipo de reunião, co-criando junto, preenchendo no quadro e alguém está com o computador já transcrevendo e passando a informação.
E isso é a nossa realidade. Então o marketing precisa ser rápido, precisa ser ágil, precisa ser organizado, precisa comunicar com vários setores, com o cliente, com o lead, com o visitante. E essa interação, ela é evidente. Sabe, ela é, para mim, ela precisa de espaço pelo cloud.
Cultura cloud e o ganho de produtividade
Laís: Eu adorei a sua colocação, Jean, quando você trouxe ali que não é só no home office. Eu acabei comentando do home office, porque ele deixa muito mais latente ali a questão da cultura cloud.
Então, quando perguntaram da minha experiência ali, eu trouxe essa questão, mas totalmente, não é só no home office que a cultura cloud, ela transforma e ela traz muito mais resultado para as empresas também no in loco. E daí eu queria até trazer também uma contextualização, assim, na área de marketing também, e trazer um storytellingzinho, assim, de uma ferramenta da Conecta Suite.
Por exemplo, a gente tem uma ferramenta em cloud de gestão de assinaturas de e-mail. Se a gente for pensar como que era feito antes de ser em cloud os sistemas, a gente tinha que, lá no marketing, desenvolver a assinatura de e-mail e depois passar pessoa a pessoa, colaborador a colaborador, computador a computador, configurando a assinatura de e-mail para que a pessoa pudesse enviar o e-mail, com a assinatura ali, com a identidade da empresa, com as informações corretas, para que a pessoa que recebe o e-mail pudesse ter essas informações.
E hoje, com o mundo cloud, por exemplo, ali contratando o Conecta Suite, você consegue aplicar a assinatura de e-mail para todo mundo da empresa, não importa se você tem 10, se você tem mil pessoas, em apenas um clique através de um painel no seu navegador, sem instalar nada, você consegue criar a assinatura e aplicar para todo mundo, o que antes você ia ter que ir mil computadores configurando aquela nova assinatura.
Eu trouxe um ponto bem preciso, mas que faz uma diferença absurda quando a gente sai do mundo cloud para o mundo físico, quando a gente tinha lá o sistema de e-mail instalado no computador de cada um.
Jean: Isso faz total sentido, porque no mundo atual, na competição que nós estamos, mesmo na necessidade de produtividade, indiferente de home office ou não, imaginando um setor de marketing, ou mesmo temos um setor de RH, um setor administrativo, ter que passar computador por computador, conferindo o tempo investido, a perda de capital, que poderia estar fazendo vários outros itens, para uma coisa que pode ser totalmente complementada pela solução que vocês têm.
Então, nós, como mercado SaaS, Conexorama como um player que ajuda a SaaS a crescer, a ConectaSuite como uma excelente solução de automatização de processos, que está ligada a essas necessidades cloud, a gente tem isso latente, essa dor, essa necessidade de ganho de produtividade.
O Marcelo lembra, a gente já teve episódios aqui, que a gente falou de inteligência artificial, ganho de produtividade, até não poder mais, e olha como aqui também tem um ganho de produtividade, e a gente nunca para de pensar nesse ganho de produtividade, porque nós somos SaaS, nós somos profissionais, que têm uma necessidade de continuar buscando produtividade, porque mês seguinte a meta já duplicou, a meta já continuou crescendo, a gente está buscando uma escala.
Laís: Sim, e também é interessante você trazer a produtividade, porque a produtividade, ela traz também aumento de resultado, porque, por exemplo, continuando ali na história da assinatura de e-mail, antes, como era muito trabalhoso você trocar uma assinatura de e-mail na empresa inteira, quantas vezes se fazia isso no ano, na vida da empresa?
Só se trocasse a identidade da empresa como um todo, a marca, para que você fizesse um trabalho desse, de ter que ter alguém ali cuidando, colocando como meta que todo mundo trocasse.
Eu já trabalhei numa empresa, onde uma das metas das áreas era todo mundo trocar a assinatura de e-mail, porque ela tinha feito um rebranding. Então, imagina o trabalho que isso dava. Então, as empresas evitavam ao máximo fazer algumas atividades, como, por exemplo, aqui no caso, trocar a assinatura de e-mail, por causa da inviabilidade de se fazer isso várias vezes.
Quando a gente vai para o mundo cloud, você consegue aplicar a assinatura com um clique, você começa a utilizar ela como uma ferramenta de marketing. Você coloca ali um banner, você coloca um link, você bota um CTA. Então você consegue utilizar os recursos para que eles te gerem dinheiro.
Saindo da assinatura de e-mail, mas uma reunião. Antigamente, você era obrigado a sair da sua casa, ir até a empresa do cliente, atender o cliente e tudo. Olha o tempo de deslocamento disso. Hoje em dia, você faz uma videochamada online. Então, você consegue, em vez de fechar dois contratos por dia, que dava de visitar dois clientes, hoje você consegue fechar seis contratos por dia, porque você consegue fazer seis reuniões dentro do dia. Então, a gente fala de produtividade diretamente relacionada ao ganho de MRR, ao ganho de receita da empresa.
Marcelo: Olha só, eu tenho um case aqui, falando sobre produtividade, falando sobre eficiência, vou trazer um case aqui de dois programas. Eu, como profissional de marketing, profissional de vídeo, tenho uma visão muito clara aqui de boa utilização e péssima utilização.
Por exemplo, vamos começar aqui com produção de vídeo. Por exemplo, Adobe, que já vem ali bem das antigas, é um programa grande, é um programa famoso, é o padrão do mercado, mas é um programa muito pesado, que é muito técnico, que precisa de alguém técnico para poder executar. Então, precisa de uma contratação específica. Basicamente é a raiva de qualquer um que trabalha com esse sistema, porque ele é um sistema muito arcaico, antigo e pesado, e o cloud dele é utilizado única e exclusivamente pra poder gerenciar a assinatura, pra garantir que a assinatura está ativa ali naquele computador.
Usando o exemplo completamente oposto, que está usando esse sistema para poder se diversificar, para pegar um público que não tem tanta experiência e está ganhando mercado loucamente, que é qual? O Canva.
O Canva é um sistema completamente cloud, leve, intuitivo, fácil de usar, não usa recursos do próprio computador, diferente da Adobe que precisa instalar sim os programas localmente. E grande parte dos projetos hoje em dia, para marketing, para vídeo e coisa e tal, não precisa ser grandes produções, a gente não está fazendo curtas todo santo dia. Então, algumas coisinhas rápidas e simples, o Canva consegue fazer excepcionalmente com pouco conhecimento. E está lá, tanto que está ganhando muito espaço.
Laís: Sim, a Conecta Nuvem e a Conecta Suite concordam plenamente contigo, tanto que a gente cancelou a nossa assinatura da Adobe já faz anos, e a gente está usando todos os recursos que antes a gente utilizava com as plataformas da Adobe online, sendo elas, o Canva é uma delas, a principal, na verdade, que a gente está utilizando.
Então, é perfeita a sua fala, é um sistema que, cara, eu aprendi na faculdade, eu sou designer gráfico também, além de administradora de empresas. A ferramenta é maravilhosa, mas ela não se desenvolveu, ela não foi para a nuvem, né? E hoje em dia não faz sentido utilizar ela.
Ricardo: E é um ótimo exemplo também, que é justamente isso, quando a gente fala de cultura, não é pegar o Adobe e colocar ele inteiramente na nuvem, como acho que eles devem estar tentando fazer, com certeza, para correr atrás, né? Mas também simplificar.
Então, o Canva, ele traz o que as pessoas, as empresas, realmente precisam, exatamente como diz o Teorema de Pareto, aquele 80-20. 20% das funcionalidades, elas entregam 80% do resultado ali. Não precisa ter todas essas funcionalidades do que um Adobe tem, né, que é muito maior… Mas os 20% já foram mais do que o suficiente para aumentar a produtividade geral de todos os usuários do Canva.
E essa simplificação faz parte da inovação e dessa mentalidade, como eu falo, em nuvem. Porque tem muitos recursos que o Adobe tem, mas que a gente ainda não tem capacidade tecnológica para colocar ele numa nuvem, mas precisa. E foi muito legal o seu case, encaixou diretamente no pensamento.
Marcelo: E o seu exemplo também puxou perfeitamente o que eu geralmente trago, eles fazem as perguntas tipo, “ah, quero começar com vídeo, o que você me indica?”, “Eu quero começar a trabalhar com esses programas”. Eu falo: “Gente, você consegue fazer 99% seus trabalhos clicando em 4 pontos específicos”, são 4 cantinhos muito simples, você faz 80% das coisas, que nem você falou, realmente, 80%.
Você não precisa de saber todo o sistema a fundo, pegar cada negocinho. E é isso, o Canva pegou esse principal, viu que era mais leve, tacou no cloud e tá correndo, nadando de braçada ali.
Tendências: o futuro do Cloud
Marcelo: E até isso, deixa eu até puxar a Laís para essa pergunta aqui, falando de Canva, falando de futuro, né? O que você vê para o futuro? Quais são essas tendências que você vê para a cultura cloud e em empresas SaaS mesmo?
Laís: Até antes de entrar para a empresa SaaS, eu acho que falando das empresas em geral, a gente hoje está num momento de adoção das ferramentas e de mudança de cultura. Então, a gente ainda enxerga uma resistência grande à mudança, em boa parte nem pela empresa em si, e sim pelos colaboradores.
Então, a gente ainda tem muita gente que, como disse o Ricardo lá no começo da nossa conversa, usa o Gmail para a vida pessoal, né? Ou o Hotmail, o Outlook ali direto no navegador, né? Mas, para trabalhar, precisa ter instalado no computador, senão eu não consigo trabalhar.
Então, a gente ainda está numa mudança de cultura. Porque, se ela usa na vida pessoal, por que que no corporativo ela ainda precisa daquela, desculpa a expressão, mas aquela carroça instalada no computador dela, que demora para entrar o e-mail, que sobrecarrega o computador, que tem que excluir e-mails, depois de um tempo, porque começa a encher a memória?
É uma dificuldade mesmo de aceitar a mudança.
Falando de empresas como um todo, a gente ainda está nesse processo de adoção e de mudança de cultura. No mundo SaaS, eu enxergo que já está muito mais evoluído, então, a gente não tem tanto essa resistência à mudança, as empresas já estão buscando muito mais que tudo esteja na nuvem, cada vez mais já é um desejo, tanto dos colaboradores, quanto das empresas.
E aí, para o futuro, eu enxergo que a gente tem uma questão de otimização e de potencialização desses recursos.
Tanto no que eles oferecem para a gente, quanto à forma com que a gente utiliza eles. Falando de ferramentas que a gente utiliza online, a gente otimizar o uso, aprender a usar melhor, e também quando a gente fala ali de servidores mesmo, de uso da aplicação SaaS dentro de um servidor em nuvem. O Ricardo pode até complementar aqui a minha fala, mas a gente vai dar palestras sobre cultura cloud, e a gente vê muito pessoal falando, “pô, botei meu cartão lá, torrei tudo de uma vez só, uma grana danada”.
Mas isso é porque muita gente ainda não sabe otimizar os recursos cloud para que o servidor ligue e desligue quando precisa. Então, o Ricardo tem até, eu vou pedir, Ricardo, para você trazer a sua analogia ali com relação à torneira aberta no banheiro. Ela não fica aberta esperando a gente lavar a mão. A gente abre ela quando a gente precisa lavar a mão.
No cloud, quando a gente está falando de servidores, é exatamente isso. A gente só usa o recurso quando a gente precisa dele.
E isso também se aplica às plataformas que a gente acessa online. A gente não precisa estar gastando memória do nosso computador, comprando um computador absurdamente cheio de recursos para poder ficar instalando um monte de coisa que a gente vai usar poucas vezes e vai estar ali ocupando, sobrecarregando o funcionamento do nosso sistema.
Vou deixar o Ricardo falar um pouquinho, já que eu trouxe tantas vezes ele.
Ricardo: Estamos falando de transformação digital, que foi acelerada nos últimos tempos, mas ainda tem muita coisa no nosso subconsciente, do geral de preciso enviar um arquivo anexo por e-mail. A gente fala e-mail mais aqui porque é o conceito geral de todas as empresas, de todas as pessoas.
Mas essa relação a gente tem com várias pequenas tarefas que a gente faz no dia a dia que a gente ainda, por mais que a gente esteja na nuvem, a gente acaba usando de maneira tradicional.
Quando, na verdade, você não precisa mais enviar anexo ou receber anexo por e-mail, você compartilha um link.
Muito provavelmente, o futuro do SaaS é justamente essa convergência entre várias tecnologias, não importa se a pessoa é iPhone, é Android, é Windows, é Mac. Isso já é sabido, já é essencial para o SaaS começar a se adaptar.
E esse ponto que a Laís falou de otimização de recursos, eu acho que ele é o pulo do gato para o SaaS ou para o nosso futuro: a gente não deixa o nosso chuveiro aberto para quando a gente quiser tomar banho, a gente ir lá e entrar debaixo da água.
Então, os nossos servidores, os nossos recursos também não podem ficar ligados o tempo todo se não tem ninguém usando e ninguém acessando. E a gente ainda tem isso um pouco na cultura: “ah eu preciso pegar um servidor de 64 GB, e deixar aqui com 1TB de armazenamento ligado o dia inteiro”.
Já quando a gente fala de uma mentalidade em nuvem, você nem precisa desse servidor. Ironicamente, você não precisa ter um servidor de 64 GB ligado o dia inteiro. Você precisa que, quando alguém acesse a sua plataforma, o seu SaaS, o seu software, a instrução seja rodada.
Então, pode ser um microserviço, uma máquina de 1 GB só de memória que executa o que a demanda deu e possa ser desligada depois. Isso reduz muito o custo.
Outro conceito que eu trago de futuro é que essa otimização a gente vai passar para o usuário. Tem umas coisas que, por exemplo, hoje a gente faz por assinaturas. Eu assino Netflix, eu pago R$ 59,00 por mês. Esse é o conceito SaaS que todo mundo já conhece.
Só que a gente hoje está assinando Netflix, Spotify, Apple, Prime, Star Plus e muito mais. Essas assinaturas estão ficando erradas. Eu acho que a gente vai acabar voltando para um conceito de, por exemplo, eu quero assistir esse filme, eu vou pagar ele por minuto que eu estiver assistindo ele, para no final das contas, os R$ 59,00 que eu pagava no Netflix ser mais barato para a gente como consumidor e eles também deixarem de perder a gente para a concorrência.
Então, os softwares, eu acho que a gente vai deixar de ter assinaturas do jeito que a gente tem hoje. Claro, sempre vai existir, mas ela vai convergir para algo bem mais, com uso mesmo, bem cobrado ali, bem justo para a gente adotar essas tecnologias ainda mais barato.
Laís: Baseado no uso do servidor, basicamente, que seria mais ou menos a mesma ideia que você está trazendo. Como hoje, nos servidores cloud, a gente paga por minuto utilizado, o filme seria isso, a ferramenta seria isso também. Por minuto de utilização, a gente pagaria, não uma mensalidade fixa no mês, seria isso?
Ricardo: Isso, algo ainda mais ajustado à nossa necessidade, ao que eu consumi. Então, eu pago exatamente o que eu consumo.
Laís: Boa, que faz total sentido, porque se o sistema em servidores, já funcionam assim, tem uma grande chance de as plataformas no futuro, para se tornarem competitivas, também, corram para esse método. Um outro ponto que eu queria adicionar aqui, antes de passar a palavra de volta para o Marcelo, é que o cloud, ele também traz muita segurança.
Falando em futuro, eu enxergo que as empresas vão adotar também cada vez mais as plataformas em nuvem pois elas estão mais disponíveis para essas plataformas, estão buscando muito essa questão da segurança.
Até agora, a gente tinha muito aquela visão de que se eu tiver o arquivo no meu computador, ele está seguro. Mas a gente está percebendo que, na verdade, não. Porque o computador, a partir de amanhã, ele pode não ligar e você perdeu o arquivo. Na nuvem, você tem aquele arquivo ainda. Então, tem várias questões, isso foi só um exemplo, né?
Mas a nuvem, ela está se provando ser muito segura e as pessoas estão cada vez mais confiando na nuvem como uma plataforma de segurança. Então, eu enxergo que para o futuro também, essa é uma vertente que vai fazer com que a adoção dos sistemas em cloud cresçam cada vez mais, visto o nível de segurança de informação, de dados. De acessos que eles estão trazendo para as empresas e para as pessoas, né?
Marcelo: O Ricardo trouxe um ponto muito legal aqui da visão dele de como é que pode ser mais para frente o sistema de monetização ali, de streaming e tudo mais. A Laís trouxe uns pontos bem legais aqui de segurança. Queria tentar tirar um pouco mais de leite dessa pedra: vocês conseguem, assim, ter apostas para o futuro? Para inovações, para os caminhos que estão indo esses sistemas, esses serviços em nuvem daqui para frente?
Ricardo: Nossa, tem várias e vão para caminhos diferentes ainda. Não só para um futuro único, né? Acelerado pela inteligência artificial, acessível agora para qualquer um, né? Então, todo mundo consegue pegar uma ideia e destrinchar e potencializar ela com a nuvem. Sem precisar comprar nada, ou com investimento basicamente zero, né?
Então, eu acho que cada vez mais a gente vai ver soluções mais criativas. E, como eu posso dizer, algo mais específico em vez de algo abrangente, geral, que atende a todos os mercados e a todos os universos, né?
Se eu posso arriscar, eu acho que a gente vai ter uma explosão na quantidade de soluções, né? Cada vez mais competitivas. Então, não vai se resumir a um Netflix, um Spotify. Principalmente no mundo virtual.
Quando a gente vai para um mundo físico como um Uber, ou um iFood, tem outros desafios. Com certeza, a gente está muito mais hoje ligado na nossa TV e smartphone do que a gente já foi em toda a história. Até mesmo cada vez menos no computador. Olha só que engraçado, né? A gente está mais ligado no nosso smartphone do que no computador.
Acho que se fizer um timesheet, né? Um tracking de quanto tempo a gente passou no computador e quanto tempo a gente passou no smartphone, o smartphone acaba ganhando. Porque até quando a gente está no computador, a gente acaba mexendo no smartphone ou está usando na nuvem aplicativos que também estão no smartphone.
Então, eu vejo isso como um futuro iminente. Essa utilização cada vez maior do online, né?
Laís: Fazendo um adendo e voltando para o presente, não falando de futuro, o Ricardo comentou do Uber, né? E é incrível, porque até nas coisas presenciais, hoje, nos serviços presenciais, hoje eles estão usando a nuvem, eles estão usando o cloud. Por exemplo, você vai chamar o táxi, ou o Uber, né? Que é basicamente o mesmo serviço, antigamente você tinha que ligar ou você tinha que ir até o ponto de táxi. Hoje em dia, está tudo na sua mão. Você chama por ali, você sabe onde é que está o carro da pessoa que vai te buscar, sabe o nome dela, sabe todos os detalhes.
E isso é cloud, isso é cultura cloud. Você chega num médico, você vai mostrar a sua carteirinha, você não precisa mais ter a carteirinha física. Está tudo no aplicativo aqui da Unimed, você abre ali, sua identidade, aplicativo do Detran, está tudo ali. Isso é tudo nuvem. Isso é tudo cloud, então… O mundo físico, ele está indo para o cloud, né?
Até o que parece não ser online, está online. Então, para você fazer um cadastro com o atendente ali no pré-consulta, você está usando recursos da nuvem a todo momento. E ele está cadastrando num sistema que também está na nuvem. Então, fugir um pouco da pergunta que pergunta do futuro, mas também engatando, né?
Na minha fala, o futuro é isso. Tudo, cada vez mais, vai estar interligado. Formas de cobrança vão mudar, coisas do tipo como trouxe o Ricardo. Mas cada vez mais, a gente vai estar ligado a soluções em nuvem. E essas soluções, elas trazem produtividade, elas trazem otimização, elas trazem aumento de resultados, elas trazem um monte de benefícios, que a gente vê no dia a dia.
Então, é muito mais fácil você pegar o seu celular e chamar o Uber e ter todas essas informações. E muito mais seguro, porque você sabe quem está vindo te buscar. Você pode compartilhar ali a sua rota com alguém de confiança e tudo mais, do que você ter que andar até um ponto de táxi, entrar no táxi de uma pessoa que ninguém sabe quem é, não tem ninguém ali vendo a sua rota junto com você. Então, para mim, o futuro é isso, o futuro é ter o cloud em tudo, mais ainda do que já está hoje.
E a gente vai chegar num ponto que meio que a gente já está, que a gente nem percebe que a gente está usando ele, mas a gente está usando a todo momento.
Marcelo: E para poder fazer aquele círculo completo, né? Pegando lá da parte mais futurista e trazendo de volta ali para a base, mais base das nuvens. Pessoal, lembre-se sempre: assine uma nuvem, não façam como eu. Perder um HD inteiro cheio de arquivo do cliente, teve que morrer em quase oito mil reais para poder recuperar tudo.
Laís: Eu estou adorando, porque o Ricardo tem a história de vida dele, que ele adora de contar, que encaixa perfeitamente com a história do Marcelo.
Ricardo: É, exatamente isso. Eu comecei a admirar a nuvem quando roubaram o meu computador há quase 20 anos atrás, né? E levaram tudo. Os programas, os projetos, né? Eu era programador, desenvolvedor e tudo mais. E as fotos, tudo que eu tinha ali da minha vida inteira foi perdido. Projetos. Tive que devolver dinheiro para clientes, né? Então, doeu. E nessa dor que eu comecei a me interessar.
Falei: “não, tem que ter uma solução, cara. Eu não posso mais depender do meu hardware. Eu não posso depender que a coisa esteja aqui comigo”. E desde então, a gente vem trabalhando sempre que possível, conforme a tecnologia foi evoluindo, sempre em nuvem.
Hoje, eu afirmo com toda certeza, se quebrar o meu computador, se roubarem e tudo mais, o cara só vai estar roubando a carcaça. Não vai estar roubando nenhuma informação dentro dele. Até porque não tem nada no HD.
Marcelo: É a melhor sensação do mundo, né? É uma segurança, assim. Realmente, o computador pode explodir do seu lado porque você sabe que nada foi perdido.
Ricardo: Exatamente, né? Então, essa é a minha visão como cultura. Eu não tenho absolutamente nada instalado no computador para depender disso aqui ou para doer isso aqui de novo, né? Assim como você sentiu. E muita gente também deve ter sentido essa mesma raiva, frustração, né?
E quando a gente fala também de nuvem, segurança, backup, olha que coisa louca. A gente está falando de uma época que cada vez mais a gente se preocupa com LGPD, com informações, vazamento e tudo mais. E muitas empresas ainda ficam tirando várias cópias daquela informação para backup.
É muito louco isso, a gente pensar. Ah, e ele coloca as cópias na nuvem ainda, né? Só que quando a gente fala de uma cultura mesmo em nuvem, é de você não precisar tirar cópia de nenhuma informação da empresa. Você literalmente está acessando a informação diretamente como ela é e tem um controle de versão.
Por exemplo, o Canva mesmo que a gente acessa, você não precisa ficar fazendo cópia dos arquivos. Você pode ir lá acessar ele do jeito que ele está agora e ainda voltar as versões de como aquele projeto estava cinco versões atrás. O próprio Google Docs tem isso.
Então você não precisa ficar fazendo backups para ter essas informações. Você consegue manter todas elas seguras e atualizadas sem ficar multiplicando essas informações. E eu acho isso muito produtivo e poderoso para as empresas.
Marcelo: Não. Perfeito. Palavras de sabedoria, palavras de segurança. Se você precisa segurar alguma coisa desse podcast, segura essa frase, pega essa parte de segurança, pega essa parte de estabilidade.
E eu quero até puxar aqui para as nossas finalizações. Laís, tem algum encerramento para a gente?
Laís: Eu só gostaria de agradecer muito a oportunidade de estar aqui trocando essa ideia com vocês. O mundo cloud aí está só começando, na verdade, né? Se a gente for olhar em questão de história, ele é muito jovem, mas é o futuro.
Vai estar aí cada vez mais incorporado no nosso dia a dia e poder conversar sobre isso, trocar ideia sobre isso com vocês hoje é maravilhoso. Muito obrigada.
Marcelo: Imagina, a gente que agradece. E, Ricardo, os últimos drops de sabedoria também?
Ricardo: Para a galera de SaaS, eu estou ansioso para esse novo mercado para o que vocês vão construir com todo esse poder ilimitado que vocês têm agora com a tecnologia em nuvem, não só na infraestrutura, mas também para outras áreas do negócio. E eu espero que o Brasil adote isso cada vez mais rápido, né? Para a gente ser uma referência mundial com a nossa criatividade, que eu gosto muito de trocar ideia com os empreendedores.
A gente está nesse mundo de startup e eu vejo umas coisas muito fantásticas, ideias surgindo e eu estou ansioso para esse futuro. Ainda mais com inteligência artificial agora. O
Marcelo: Olha lá, empolgado com o futuro. Eu gosto assim. Eu acho assim o melhor jeito possível de pensar no futuro.
E para fechar, então, Jean Vidal, quais as suas opiniões desse mundo?
Jean: Boa, meu caro. Primeiro, né? Claro, agradecendo aqui a Laís e ao Ricardo pelo tempo disposto para a gente, por essa troca, por esse bate-papo tão fluido, tão amigável, tão carinhoso. O pessoal arrasou aqui. Foi demais poder estar aqui com vocês. Marcelo sabe que eu sou muito falante, né? E se deixar… meu Deus do céu…
Eu fico me contendo aqui um pouquinho até para ouvir e aprender com a Laís, com o Ricardo, com todos os nossos convidados, né? A gente tem uma premissa aqui que como prestador de serviço para SaaS, a gente convida pessoas de SaaS e deixa eles falarem que eu estou fazendo uma entrevista de persona. Não sei se vocês sabem disso, mas o que eu estou fazendo aqui não é um podcast, é uma entrevista de persona, né?
Então, eu vou fazer um resumo de três pontos finais que eu fiquei pensando enquanto ouvia a Laís e o Ricardo só para a gente fazer um fechamento.
A gente recebe muito SaaS em transição. A gente ainda recebe muito SaaS que era um software e que agora está indo para a nuvem, que não tem um setor de marketing, não tem um setor de vendas, não tem um setor de CS. Ainda acontece bastante. Eu sei que nosso mercado brasileiro tem boas aceleradoras, nascem vários SaaS, já em startup, já dentro de um contexto, mas ainda tem vários mercados, eu digo como player, que recebe. Então, esse podcast, esse bate-papo é muito, muito importante. Ponto número um.
Ponto número dois. A Laís falou uma coisa que eu acho, que a gente estava falando de futuro, ela puxou um pouquinho o papo por agora, que é muito chave. A gente fala do SaaS como um elemento principal, um grande player no mercado que já usa a cloud, mas a Laís deu uma alfinetada aqui, que eu vou enfatizar a alfinetada, que são os dados de agora. Quantas vezes o setor de marketing, o setor de vendas, o setor de CS, não está dando a devida atenção para os dados que a gente tem agora e isso faz a total diferença ali no jogo.
E aí o nosso ponto número três, para fechar a minha fala aqui, que o Ricardo até puxou algumas de uma precificação. Cara, isso tem total ligação com o mercado de SaaS, porque quantas vezes a gente não deixa de fazer uma venda de um upgrade, um elemento a mais naquela assinatura e isso envolve até churn zero, que é um elemento, para mim, fantástico dentro do mundo do SaaS.
Todo mundo vai ter churn, todo mundo vai ter algum momento de cancelamento da assinatura, mas se você tiver o teu cliente fiel contratando mais serviços, mais elementos, mais minutagem, pegando a palavra que o Ricardo colocou, porque isso não pode ser um momento que equilibra o jogo e você chega no famoso churn zero ou churn negativo?
Então, assim, o bate papo abre a cabeça de quem vive isso aqui de uma forma animadora e dá até vontade de fazer aqueles podcasts de quatro ou cinco horas, porque se deixar a gente fica aqui conversando até não poder mais. Mas só fazendo essas provocações finais e agradecer, sem sombra de dúvida, ao Ricardo, pelas ideias, à Laís pelo acolhimento e para quem assistiu até o final.
Muita gente, aborda a gente pelos canais que for, pós-podcast, manda uma mensagenzinha para a gente. Já vi algumas vezes compartilhando os links, isso é muito bom. Então demonstra o quanto, no mínimo, o dever de casa dessa entrevista de persona, porque é o que eu faço, faço uma entrevista de persona aqui, funciona para todo mundo poder ouvir e como comunidade avançar como players de um mercado que é precursor de muita coisa, sem sombra de dúvida do cloud, mas de muita coisa que é um mercado SaaS. Então, obrigado, Ricardo. Obrigado, Laís. E obrigado, Marcelo, por mais esse nosso episódio.
Marcelo: Sempre um prazer do meu lado também. Vale a pena só agradecer também. Muito obrigado, Ricardo. Muito obrigado, Laís, pelo tempo de vocês. Foi muito legal a conversa. Espero que vocês tenham curtido também.
E muito obrigado você também, ouvinte do nosso SaaStisfeito. Espero que você tenha curtido esse episódio e nos vemos no próximo episódio. Até lá, pessoal. Tchau, tchau.