Neste episódio recebemos Diogo Francisco Reus Carlos, Diretor da Unidade de Negócios SaaS e Diretor Comercial da Mobiliza.

Seu histórico como Product Marketing e expertise em tecnologias Web, Scrum e desenvolvimento contribuem com nossa conversa sobre o que procurar para construir um time de Marketing de ponta para o seu SaaS.

Ouça o episódio e confira a transcrição abaixo:

Marcelo: E seja muitíssimo bem-vindo a mais um episódio da primeira temporada do SaaStisfeito, o podcast da Conexorama sobre o mundo de SaaS. Meu nome é Marcelo Mattar, sou seu mestre de cerimônia desses nossos encontros e hoje, além do nosso querido, número um, Jean Vidal, o CEO da Conexorama, a gente tem a ilustre presença do Diogo Carlos, que é o diretor da unidade de negócios da Mobiliza.

Pessoal, muito obrigado pela presença. Jean, muito obrigado; principalmente, Diogo, muito obrigado por estar aqui com a gente hoje. Como é que vocês estão?

Diogo: Eu tô super bem, cara, prazer conversar com vocês, o Jeanzito é um cara querido pra gente, a gente trabalha junto faz, tem alguns meses aí, tô conhecendo você hoje, mas pronto pra nossa conversa.

Marcelo: Maravilha. Diogo, então, quero começar contigo, gosto que faz essa primeira pergunta pro pessoal, pro pessoal que ainda não conhece, fala um pouquinho da Mobiliza pra gente.

Diogo: Eu vou tentar fazer de maneira bem sucinta, mas a Mobiliza trabalha com treinamento e desenvolvimento. A gente tem 17, indo pra 18 anos de empresa. Eu não fundei a empresa, não tava no começo, só o Cordelis, meu sócio, tava na empresa lá na fundação – abraço pra ele. E a gente trabalha com treinamento e desenvolvimento.

Nesse longo percurso aí que a gente tem de história, a gente já teve uma época que a gente trabalhou muito com serviço, já teve uma época que a gente fez, faz pouco tempo agora, a gente fez uma transição toda pra tecnologia e SaaS, então tem um bocado de história.

Eu tô há 10 anos na empresa, também já tenho um bocado de coisa que eu fiz e, como sócio da empresa, acho que a gente tá sempre na maior bucha, né? Tipo, onde tá o maior problema, a gente tá lá perto. Então já transitei, já fui de diversos times, já ataquei diversos problemas, então acho que eu tenho um perfil um tanto generalista assim, então vai dar pra eu dar uma passada por bastante coisa.

Marcelo: Pô, perfeito, experiência não falta. Inclusive, até de já puxar um pouquinho que você já trouxe aqui pra gente, conta um pouquinho mais dessa sua carreira em SaaS.

Diogo: É, eu tenho formação de design gráfico, assim, então… Como designer, eu sou um ótimo desenvolvedor, assim, isso é o que eu posso falar, porque no meio da faculdade eu já comecei a trabalhar com desenvolvimento web, ali dançando entre UX, um pouco de layout, mais um pouquinho de programação. No meio desse caminho já comecei a desenvolver e foquei bastante ali na parte de desenvolvimento web, na época ainda, muitos anos atrás, ainda existia uma batalha entre tecnologias web ali, HTML, CSS e o Flash, e eu comecei desenvolvendo o Flash na época.

E daí nesse percurso foi a minha primeira posição na Mobiliza, eu entrei como estagiário de desenvolvimento em ActionScript, que era a linguagem de programação que ficava em cima ali do Flash. E assim foi indo…

Daí tinha um projeto na casa que estava meio que na gaveta – só contextualizando, a gente era uma empresa de produção de mídias para treinamento, e depois de anos produzindo essas mídias, a gente começou a criar um maquinário, digamos assim, automatizar esse processo, e a gente automatizou tanto que a gente criou uma ferramenta interna, e essa ferramenta interna foi ganhando o corpo, e quando a gente apresentou para alguns clientes, eles falaram “cara, eu quero ter isso na mão, eu preciso disso”.

A primeira versão que a gente desenvolveu foi com Flex e Flash. A gente abandonou essa tecnologia e começou a trabalhar com umas tecnologias mais modernas ali no web, e daí eu assumi o projeto, quando o projeto transitou. A gente abandonou o projeto na tecnologia antiga, e daí eu encabecei o projeto de lançamento desse produto, como desenvolvedor na época.

A gente lançou o produto, tinha na época, três grandes clientes, empresas grandes aqui do Brasil, que bancaram, até compraram o software em beta, ele estava em desenvolvimento ainda, mas – e daí vem o lado difícil dessa história – porque vem tudo são flores, depois dessas três grandes empresas que compraram o produto, a gente jogou ele no mercado e a gente passou seis meses sem vender nada.

E daí, tipo, a gente tem um pouco desse sonho do SaaS, né, que em dois, três anos você escala, triplica, triplica, duplica, e o Google te compra no final, mas não é essa nossa história.

Nessa transição ali de levar o produto para o mercado e o produto não vingar, eu comecei a me envolver mais com o time comercial. E daí eu fiz a transição para o time comercial, na época eu assumi o time de pré-vendas e vendas, que é bem estranho, né, tipo, designer, desenvolvedor, que foi para o time de vendas, não tem nada a ver.

Marcelo: Pois é, cara. Como é que foi isso? Você tinha um background total design e, de repente, foi para o marketing, para comercial? Alguma experiência assim, dessa que você já tinha, do design, te ajudou nessa transição? Ou foi uma coisa assim, um mundo completamente novo?

Diogo: Cara, sendo bem sincero, pouquíssimo, velho. Eu caí de cabeça num problema e falei assim: “Cara, bora resolver esse negócio! Não sei como ainda, mas em algum momento eu vou achar uma resposta para esse negócio”. Mas acho que, pelo menos, a faculdade de design te dá uma cabeça de resolução de problemas, assim, sabe, porque é sempre a discussão entre arte e design, e o design ele sempre tem um fim, ele sempre tem um intuito por trás.

E moldar a tua cabeça com esse mindset de tentar desvendar o problema e “catucando” o problema até achar a raiz dele, eu acho que, no geral, o design me calibrou bem para isso, eu acho que, na minha entrada ali no time comercial, acho que, pelo menos, essa skill eu aproveitei, mas todo o resto eu estava completamente fora da minha zona de conforto, assim, de uma pessoa que vivia de fone de ouvido o dia inteiro para sair disso, para chegar, acho que na época o time comercial devia ter, sei lá, umas nove, dez pessoas, e era aquela gritaria, todo mundo em reunião o dia inteiro.

Acho que os primeiros meses a minha terapeuta, eu fiz ela valer o dinheiro que eu pagava, porque eu dei trabalho para ela. Mas foi isso, depois eu participei de um lançamento de um outro produto como o PM, e agora voltei à frente de todo o time comercial da Mobiliza, então agora eu estou à frente do time de marketing pré-vendas e vendas, de novo aí nessa transição entre produto e comercial, que eu acho que é os dois lugares que eu me encontro melhor.

Existe formação ideal para o profissional de marketing de SaaS?

Marcelo: Jean, e aproveitando, queria puxar aqui contigo sobre essa questão de, tipo, modelo ideal, e pessoa ideal para poder entrar no marketing de um SaaS, você acha que existe alguma formação ideal para alguém que quer trabalhar em marketing SaaS?

Jean: Boa, e eu acabo sendo o cara que faz as polêmicas no episódio, né, então o pessoal já está assistindo, já estão se habituando a essa situação. Eu não vou defender uma carreira. Eu acho que, claro que vão ter formações acadêmicas que vão se aproximar do marketing, sem sombra de dúvida, eu digo em termos de estudos mesmo, estudos ligados ao marketing, ligados talvez à administração, coisa nesse sentido, tem uma correlação direta.

Mas muito do que a gente estava falando aqui junto com o Diogo, é muito ligado a uma skill de organização e de adaptação, isso é um ponto-chave.

Marcelo: Eu até queria puxar só esse pontinho contigo, quando a gente fala bastante de formação a gente pensa logo em graduação, né? Tem bastante essas questões desses cursos e MBAs, especializações… Tem algum ponto assim que você destaca, tipo: “Ah, esse curso especificamente vale a pena” ou “é esse direcionamento aqui”, ou você acha que realmente é questão de contato realmente com o marketing de SaaS?

Jean: Um pouco de tudo, né? Como a Conexorama também tem todo um viés de educação, sem sombra de dúvida, eu não vou deixar de defender cursos, porque eu acredito pra caramba nesse tipo de formação, né? O ponto-chave quando a gente pensa num curso é não só um curso rápido, ou um curso técnico com relação à plataforma, ou um curso acadêmico, é que ele vai te acelerar, ele vai te dar mastigado as coisas – ou pelo menos o mais próximo de um mastigado –, as coisas que você levaria muito tempo tentando descobrir sozinho.

Tem muita gente que autodidata, que descobre muita coisa sozinho, e aí são excepcionais, mas você pode acelerar o seu aprendizado com esse tipo de conteúdo, que tem um começo, meio e fim; é uma experiência, é um bench já antecipado… Então, sem sombra de dúvida.

Mas muito da experiência ocorre diretamente no dia a dia, então quando a gente pensa em formação, a formação é estudar e fazer, isso pra mim é muito chave. Talvez até numa proporção maior de fazer do que estudar – talvez 40% estudar e 60% fazer.

Porque fazendo vão surgindo novas dúvidas que vão te induzir a estudar mais, vão te induzir a estudar de uma forma mais pontual, mais precisa. Então, voltando até o cerne da primeira pergunta, quando a gente pensa em formação, dentro de SaaS, dentro de marketing, o que a gente precisa é exatamente de um profissional que está com o coração na mesa – eu gosto de usar essa expressão –, ou seja, ele está disposto a fazer as coisas acontecerem, a ter jogo de cintura porque as coisas mudam; ele talvez tenha uma skill – e eu sempre me confundo ali em hard e soft –, mas ele tem uma skill muito voltada também para a organização, tem fit cultural e ele está disposto a fazer o jogo de vivenciar e continuar se formando, continuar treinando, continuar aprendendo.

Então mesmo uma pessoa que esteja aqui ouvindo um podcast, querendo ou não, ele está aprendendo se ele está executando o dia a dia dele no SaaS; ou um curso, alguma coisa nesse sentido. É a unificação desses dois pontos que fazem o jogo acontecer ali especificamente, e eu digo por ser essa pessoa.

Eu sou uma pessoa que gosta muito de dar aula, gosto muito de falar, gosto muito de dar palestra; mas eu aprendo muito na prática. Por isso que eu gosto de ser agência, por isso que eu gosto de ser um prestador de serviço, porque a gente está se colocando no ambiente de prática o tempo todo, ao mesmo tempo que a gente ensina pra caramba, e isso faz parte do nosso jogo ali, e faz parte, sem sombra de dúvida, da carreira de um profissional de SaaS.

O que procurar num candidato para integrar o time ideal de marketing?

Marcelo: Perfeito. Mas, cara, queria ver contigo aqui um ponto que você trouxe que eu acho que é bem importante até pra gente conseguir definir equipes mesmo: agora você está na frente de uma equipe atualmente, como é que se define a pessoa certa pra trabalhar no marketing de um SaaS? Como é que a gente recruta? O que você procura na pessoa? Como é que você define, tipo: “Não, essa pessoa que vale a pena trazer pro time”?

Diogo: Cara, eu começo por adaptabilidade, acho que esse é um ponto crítico. A gente falando de SaaS, a gente está falando de mudanças muito rápidas, tecnologia muda o tempo inteiro, perfil do cliente muda muito, a estratégia da empresa vai mudar eventualmente durante o percurso ali de trabalhar, então ter um perfil que consegue lidar muito bem com mudança, pra mim, é essencial.

E você falando até de processo seletivo, é uma das coisas que a gente mapeia muito o nosso processo seletivo. A gente tem perguntas específicas pra entender se a pessoa consegue lidar com o ambiente de incerteza e de mudança rápida, ou não, é uma pessoa que vai travar ali. Tem até umas perguntinhas bem clássicas ali. Acho que uma que a gente usava no nosso processo seletivo era “quantos banheiros tem em Florianópolis?”. E era uma pergunta super capciosa, que não existe resposta certa – você não vai conseguir jogar no Google e encontrar. Ou tu congela naquele momento e diz “não sei, não tem como achar essa resposta”, ou você vai criar algum racional ali por trás, tipo “o número de pessoas por casa em Florianópolis é quatro, divide a população por quatro, e tem dois banheiros por casa, então multiplica por dois e você tem um número de banheiros”.

É um racional por trás e você tentou fazer de uma situação incerta, digamos assim, que você não tava nem um pouco preparado, mas você conseguiu criar um racional por trás e se adaptar.

Então acho que adaptabilidade é um ponto bem crítico pra mim, de quando a gente trabalha, e principalmente dentro do ambiente de SaaS, e depois disso… Cara, conhecimento técnico vai vir, mas eu acho que ele tá um pouco mais pra frente no processo. Acho que cultura é bem crítico. Então, no final do dia, o time conseguir vibrar parecido e conseguir trabalhar bem é muito mais importante do que ter uma pessoa super estrela que manja muito, mas que não contribui com a dinâmica do time.

Eu costumo falar isso direto pro meu time, de que pra mim performance é sempre cultura mais entrega. E se tu entrega muito, mas a cultura não bate, pra mim você não performa, simples assim.

Deixando isso muito claro, eu consigo, não digo eliminar, mas evitar que pessoas acreditem que porque elas entregam muito bem, elas podem tratar as pessoas como elas quiserem, ou ela pode ter uma cultura que a gente não acredita. Então performance tem esses dois pilares pra mim.

Jean: E uma coisa legal que o Diogo acabou de fazer aqui durante a gravação do nosso podcast, é que ele já deu a dica dessa resposta, dessa pergunta, então se você tá se juntando pra uma vaga de SaaS, você já tem um passo a passo. Ou se você é um gestor de SaaS, você também já tem esse passo a passo por outro viés da história, então já pagou aqui.

Diogo: Não, eu vou ter que falar com o pessoal pra gente tirar essa pergunta do processo seletivo agora, a gente vai ter que colocar outra.

Qual o papel da agência parceira na composição do time ideal de marketing?

Marcelo: Troca de banheiro, bota alguma outra coisa ali, bota chinelo de dedo, TVs… Maravilhoso. Jean, inclusive, próxima pergunta aqui contigo: a gente falou bastante aqui de seleção, de processos, de formar o pessoal ali, de não buscar aquela estrelinha, buscar o pessoal que tá mais comprometido com a cultura… Como é que uma agência parceira consegue contribuir nesse processo?

Jean: Legal, e aí eu vou ser até totalmente transparente, porque junto com o Marcelo eu crio essas pautas e depois eu me lasco em responder a elas, né? Então tá tudo certo, isso tá em casa mesmo, é assim que a gente joga o jogo.

Eu defendo bastante, o Diogo vai lembrar disso desde o princípio que a gente começou a precificar e a fazer uma possível parceria Conexorama e Mobiliza, que foi falar sobre híbrido. Pra mim isso é muito importante. Por quê?

Claro que existem soluções no mercado, cada empresa vai ter um momento, uma estrutura e até mesmo um objetivo que ela tá querendo sanar, então não dá pra generalizar 100% mas, pra mim, na minha experiência, desde que eu comecei a atuar no mercado de serviço, que é recorrente –então ele já tem uma característica muito próxima do SaaS – e, desde que a gente se tornou uma agência especificamente de SaaS, ficou muito mais evidente esse processo, que o híbrido funciona muito bem.

“Jean o que é o híbrido?” Pra não ter dúvidas aqui: é quando um time complementa o outro.

Ou seja, tem coisas que, sem sobra de dúvida, faz muito mais sentido ficar com o parceiro, porque alivia o teu time interno. Tem coisas que faz muito mais sentido estar com teu time interno, porque o que o pessoal chama de core business, aquele elemento que melhor estar dentro de casa.

E existe o terceiro lado da moeda que muitas vezes, não digo que é esquecido, mas nesses bate-papos acaba sendo deixado de lado, que é a expertise dos dois times juntos.

Isso é muito importante. Quando você reúne os dois times e eles começam a trocar informações, começam a trocar ideias, trocar insights, trocar organizações – como a gente tava falando agora há pouco – isso é muito chave.

Então eu vejo, até sendo clichê, empresas enormes como a Ambev, só pra fazer uma comparação, que poderiam ter times enormes de marketing no valor que for ali, pelo faturamento deles, mas ainda assim eles procuram parceiros.

Então quando a gente pensa num SaaS, a gente pensa nesse desafio de achar a solução, na minha opinião, na nossa experiência, a gente defende muito esse processo híbrido. E defendendo o processo híbrido, a gente quer dizer o seguinte: o Diogo vai lembrar que eu usei muito essa expressão, “feito sob medida”, “alfaiate”, – a gente precisa costurar onde cada time vai se encontrar, onde cada skills, rotinas, rituais, divisão de trabalho vai funcionar.

E essa costura, ela não é fixa. Porque o Diogo tava falando agora há pouquinho: as coisas mudam, o software, querendo ou não, tem todo aquele perfil de startup, mercado é volátil, personas surgem, produtos surgem, várias situações surgem. A gente tem que ter essa liberdade, em termos de solução, pra funcionar.

Então, de novo, eu tô colocando uma resposta que é extremamente pessoal, que é o que eu consigo colocar na mesa, e eu não posso generalizar que sempre vai ser essa solução. Mas a minha opinião, especificamente de busca de parceiro, seria muito focada na liberdade dessa situação, na liberdade de as skills que batem – seja organização, que a gente tava falando agora há pouco, seja questões técnicas, seja até mesmo cultura, porque as duas empresas têm que ter uma cultura semelhante, e eu vejo isso muito entre as nossas empresas aqui, não só o Conexorama e Mobiliza, mas os meus clientes, a gente busca muito esse processo –, e depois a liberdade do híbrido e da costura podendo ser desenvolvida ali.

Claro que a diferença de um software pra serviço é que a gente é hora pessoas, é hora time, então nem sempre dá pra flexibilizar 100% de tudo, mas não quer dizer que não possa ser debatido, que a gente não possa reconsiderar esse processo ali e debater e chegar num consenso específico.

Como uma agência parceira agrega ao time interno de marketing?

Diogo: Eu concordo demais com o Jean, até falando da nossa experiência com a Conexorama, o conhecimento de causa que a gente tem de viver o dia a dia, de falar com o cliente, de estar nisso, no meu caso, há 10 anos, e entender o software, o mercado, entender a persona, as dificuldades, esse é um conhecimento que é muito difícil portar pra um time externo, sabe?

Então, esse norte e deter a estratégia do que a gente tá fazendo, com certeza é uma das coisas que a gente tem hoje em dia ainda dentro da Mobiliza, mas o repertório que vocês têm de execução e a profundidade que vocês têm de execução em muita coisa que a gente só tinha o contexto e conhecimento daquilo que a gente fazia, vocês tem o contexto e conhecimento de o que vocês fazem pra várias empresas, essa troca ela é super rica pra gente.

Acho que várias pessoas do meu time hoje alertam como elas amadureceram pelas trocas que a gente teve junto com a Conexorama, de sair um pouquinho do que a gente fazia ou de entender que tem, sei lá, tem outras maneiras de fazer aquilo que a gente já fazia, até tava meio preso no nosso processo, sabe?

Que, sei lá, às vezes um bench pode resolver, você conversar com outras empresas e tudo mais, mas com a presença da agência, com a profundidade que vocês têm de execução em alguns aspectos, essa troca ficou muito mais rica, então, tipo, pessoas do meu time que cuidam de tráfego pago ou de copywriting e a troca que a gente teve com a Conexorama, ela ficou muito, enriqueceu aquilo que a gente tinha de repertório, sabe?

A gente tem agora um buffet mais amplo de possibilidades e a gente tem acesso a pessoas que tem essa vivência bem do dia a dia.

Referências e recomendações para estudar mais sobre SaaS

Marcelo: Diogo, eu quero fazer então contigo uma perguntinha final aqui, que é a perguntinha que nutre esse nosso podcast. Cara, eu queria ver com você quais são os portais, os blogs, os sites e, principalmente, quais os profissionais de SaaS que a gente tem que ficar de olho, independente se são brasileiros ou internacionais.

Diogo: Pô, legal, cara. Então, eu tenho uma experiência limitada, vamos dizer nisso, né? Então, o que eu tenho consumido muito agora, acho que tem umas pessoas aqui do Brasil que, pra mim, são muito referência, acho que tem o Mineiro que trabalhou na RD e ele tem a Growth Leaders Academy (GLA) e, cara, acho que o Mineiro toda palestra… Eu conversei com ele algumas vezes, ele é uma pessoa que tem uma visão muito pragmática, muito parecida comigo, uma visão de growth – acho que é uma palavra meio manjada mas, vindo de produto, a gente tem muito esse negócio de experimentação, do empírico, de tentar em algum nível controlar o empírico e tirar disso o aprendizado, sabe?

Então, eu sempre acompanho ele, tipo, todas as vezes que eu vi ele palestrar ou algum podcast, eles têm o podcast também, então ele é uma das pessoas que eu recomendaria bastante acompanhar.

Tem um grupo daqui, acho que é mais forte aqui em Floripa, porque o Gustavo Stork, que puxa o grupo, ele é daqui também, mas tem pessoas do Brasil todo e eu caí de paraquedas nesse grupo, acho que é o The CMOs.

E eu gosto muito mais do grupo e das pessoas que participam, e eu comecei a ver as gravações agora, acho que o próximo encontro eu já vou participar junto com eles, mas eu senti um grupo muito aberto, sabe? Que tem essa abertura pra falar, porque as vezes é muito fácil ficar contando só a história bonita, tudo que deu certo, e as vezes em grupos fechados, a gente abre o capô mesmo, fala das cagadas que a gente fez, e fala das experiências, para pelo menos, vamos errar coisas diferentes, aprenda com o meu erro também, e eu senti um grupo super aberto para esse tipo de troca.

Mas na área de vendas, eu acompanho bastante os materiais da Lúcia, lá do DNA de Vendas, acho que elas têm uma consultoria super bem estabelecida, acho que da galera do Brasil, eu gosto muito da visão que ela tem, e dos pilares que ela separa: processos, pessoas e tudo mais, então acho que é uma pessoa que tem uma visão bem analítica também, depois de ter implantado um determinado processo comercial, por sei lá quantas empresas, acho que ela tem um repertório muito foda.

Da galera de fora, mas o Jacco, da Winning by Design, além de ser uma pessoa querida demais, toda vez que a gente encontra ele em algum evento, é a pessoa mais pra cima do mundo, e dentro da Winning by Design, acho que eles têm uma filosofia muito legal de enxergar a cadeia como um todo.

Eu acho que é muito importante a gente não criar esses silos ali: marketing, geração de demanda, pré-vendas, vendas. E entender que a gente vive um negócio de recorrência, e essa visão deles de que o processo comercial é o começo de um processo muito longo do cliente dentro da casa, e de entender ali do Lend and Expend, que o cliente entra na casa, mas que aquele é o começo da nossa relação, ainda tem muito pra entregar, e ainda tem muito pra receber daquele cliente. Então essa visão de relação duradoura, eu acho que é um dos pontos que eles batem bem forte, que eu gosto muito da metodologia deles.

Acho que por último, não é nenhuma pessoa, é uma empresa na verdade, é uma empresa que tem um nome bizarro, chama Gong.io, eles tem o que a gente chama de “análise de discurso”, eu acho que seria a melhor tradução pra isso. Eles são uma empresa que faz análise de ligações e de discurso falado, e eles analisam ligações comerciais pra determinar padrões: o que funciona, qual é a dinâmica, por exemplo, quanto o vendedor, o pré-vendedor, ou enfim, o time fala, quanto o lead vai falar, e que propicia uma melhor reunião.

Eles são muito fortes no discurso em inglês, porque a speech analysis pra português não é muito forte, não tem tecnologia muito bem desenvolvida pra isso, só que principalmente pra pré-vendas e vendas, eu acho que eles têm umas sacadas de analisar o discurso e o que aquilo promove entre a troca, entre você e o lead que tá entrando na casa, que eu acho muito foda, eles têm materiais – principalmente de pré-vendas e vendas –, eles têm os materiais de discurso e de como tocar a dinâmica de uma reunião, acho que os materiais mais ricos que eu consigo encontrar hoje em dia.

Marcelo: Maravilhoso! Diogo, muito obrigado por passar esse tempo aqui com a gente. Pra você, ouvinte, você viu que só nessa última pergunta você tem material pra um ano de estudo em SaaS, marketing, em softwares, tudo possível.

E, lembrando, ficou alguma dúvida, quer falar sobre alguma coisa, tem sugestões de outras pessoas, comenta, manda um comentário aqui no nosso podcast.

Jean, palavras de fechamento?

Jean: Queria agradecer o Diogo pelo tempo dele aqui com a gente, a gente sabe que esse cara que já percorreu a empresa do jeito que ele percorreu, então imagina a agenda do cara, imagina a confusão que é poder trazer esse especialista, esse cara que tá aqui com a gente no dia a dia fazendo as coisas acontecerem.

Até inclusive, o maior especialista pra mim é sempre o cara que tá ali no dia a dia fazendo a coisa acontecer, acima de tudo, eu curto vários gringos também, mas esses especialistas do dia a dia, é bem o que o Diogo tava falando, do grupo do The CMOs, é muito chave.

Então como é bom ter um cara aqui como o Diogo, no mercado, fazendo de uma plataforma uma solução tão completa que a Mobiliza e, acima de tudo, podendo reservar um tempo na vida corrida dele que te traz esse tipo de experiência.

Então Diogo, muito obrigado pelo seu tempo, muito obrigado pela troca aqui especificamente, e show de bola meu cara, sabe que a gente se encontra nos corredores aí, trocar cada vez mais informação.

E se você gostou, deixa um comentário aqui que a gente fica encomendando o Diogo pra ele voltar, eu acho que esse é o melhor comentário de todos #voltaDiogo.

Diogo: Eu também só tenho a agradecer vocês, acho que a nossa troca é sempre muito rica. E também, se alguém tiver alguma dúvida, eu não pago imposto pra conversar, então se alguém quiser trocar alguma ideia. E cara, eu sempre aprendo demais com essas trocas, e se alguém tiver alguma dúvida, quiser trocar uma ideia, a gente faz um bench, não tem problema não.